quarta-feira, 22 de julho de 2015

Poemas antigos

Hoje achei um caderno desses antigos. Tinha anotações escolares que datava por volta de 2002.
Nessa época eu arriscava escrever algumas poesias, era uma forma que eu tinha para passar o tempo e  uma forma de fuga, de autoilusão, sei lå. 

Tinha anotações de cursinho... fórmulas químicas, desenhos de células, cálculos que eu nunca aprendi a fazer com gosto. 
Resumo essa época simplesmente como um desinteresse total pela vida e com objetivos equivocados. Eu me interessava por Letras, mas depois cismei que tinha que fazer música. Tudo era uma forma de fugir de mim mesmo. 

Não sei explicar o que se passava na minha cabeça nessa época. Nem sei o que passa na minha cabeça até hj. Não aparento nenhum problema mental, mas sinto como se tivesse. Já tomei alguns medicamentos psiquiátricos, mas não suportei. Fiquei pior e parei de tomar os remédios por decisão própria. 

Todas essas experiências guardei apenas pra mim. Principalmente a depressão, eu mesmo tenho dificuldade de lidar com a depressão que vivo, mas ao meu redor...sinto que meus familiares não gostam de falar muito sobre, nem gosta que eu exponha isso. 
Já expus para uma possível amiga minha, na época eu estava começando a conhece-la e tive um interesse a mais. Não queria esconder nada, minhas inseguranças e minhas neuras. Disse pra ela sobre meu problema de antissociabilidade e que eu era depressivo tbém. 
Com o tempo ela se afastou, não sei se por que eu expus isso... mas eu a entendo. 

Todas essas palavras, se reduzem apenas em coisas simples. 
Tenho medos, ansiedades, fragilidades e inseguranças que não consigo lidar. Emoções reprimidas, situações na vida que foram traumáticas e não foram resolvidas. 
É a sensação de vazio e carência extrema, fragilidade grande. Dor, ferida... uma certa fraqueza, um estar na zona de conforto, sem confronto. 

É uma complexidade simples. Um buraco...difícil de lidar. Eu me isolo e isso vai se tornando um abismo sem fim. 
Simples... me sinto incapaz, inseguro, fragil. Sinto medo... 
Mas como toda pessoa em seu cotidiano... tenho que fazer uma cara de que nada está acontecendo. Esconder as feridas em qualquer relação e seguir assim. 


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