sábado, 10 de dezembro de 2016

Sobre Ela

Se houvesse uma chance de dizer algo,

Seria, sinto muito...

Fiz uma interpretação equivocada.

Mas eu entendo, mesmo sem saber.

Aceito o que é...

Sou grato. 





Platonismo II

Bem...

Hj eu reli tudo o que eu escrevi nesse blog. E sabe que gostei do que li. Achei que as postagens tem um toque de sensibilidade.

Mas voltando ao que eu queria escrever.
Ainda não tirei da cabeça as musicistas que tenho citado nas três postagens anteriores. Parece um pouco obsessivo e doentio. E de fato é.

Sabe...

Chega um ponto em que vc desiste de conhecer pessoas do sexo oposto, que possam preencher suas expectativas. No meu caso...
Gosto de mulheres com sensibilidade artística. É claro, música é uma delas.
Mas, existe uma grande diferença... da menina 'gostosinha' que bate seu violão, canta afinado e seduz... para uma menina. que come o instrumento e tem uma bagagem cultural que impressiona.
Que fala bem, que demonstra simplicidade e bom coração.

Assim...

Eu já tinha desistido de encontrar uma mulher ideal... pois a tal exigência que listei na minha cabeça... era pouco provável... jamais pensei que poderia ser arrebatado por alguma coisa.. estava frio e insensível. Um pouco descrente.

Mudando de perspectiva...

Eu me lembrei sobre mulheres talentosas.
Conheci via internet, uma menina, artista plástica e escritora. Os textos dela são absurdos de bom. Ela até fez alguns contos inspirados em mim.
Tinha contato com ela por internet...cheguei a conversar com ela algumas vezes, ou uma vez por voz. Na época, ela demonstrava que estava muito afim de mim. Porque tenho traços orientais e isso a atrai.
Porém, minha admiração por ela só era artístico. Não me apaixonei por ela.
E como acontece nos contatos virtuais... ela simplesmente sumiu do mapa.


Enfim...

Platonismo.





quarta-feira, 30 de novembro de 2016

A palestra

Essa postagem é o seguimento das duas postagens anteriores.

Sempre transito por inspiração e decepção. Dizem que a gente cresce ao crescer em um ambiente árido. Então essa postagem transita entre a áridez e  abundância.

Retomando... como disse nas postagens anteriores... eu me referia ao grupo musical das meninas. Não vou citar o nome do grupo, mas ele é facilmente reconhecível pela forma que eu o descrevi.

Nos últimos anos, eu me senti órfão de algum entretenimento. Há muito tempo que nada me impactava. Então, todo entretenimento que eu consumia, era por simples formalidade, para distração, mas sem aquele interesse, sem aquela paixão...
Hj não consumo mais Televisão, sendo que meu entretenimento em vídeo, fica restrito ao youtube. Convenhamos que no youtube, não existe nada de muito atrativo... seja ele conteúdo em games, vloguers e principalmente musical....

Mas eis que eu descubro esse grupo... mas o que teria ele além de qualidade musical inquestionável?
Precocidade, feminilidade e carisma...
O canal delas, mostra um pouco da tragetória do grupo... e isso vai te envolvendo mais e mais. Quando me interesso por algo, vou fundo ... então, pesquisei todas as entrevistas, querendo saber mais sobre a formação musical de cada uma.  Um pouco já descrevi aqui...

É isso o que as redes sociais hj proporcionam. Essa aparente intimidade, proximidade.
Mas por que diabos eu estou escrevendo sobre tudo isso?

No último fim de semana, acabei descobrindo de última hora, que elas dariam uma palestra... era uma oportunidade de poder vê-las ao vivo. Nada demais... mas como disse... construí todo um patamar alto para elas, ao pesquisar sobre elas.
Pra mim, elas já eram como grandes ídolos, intangíveis e inacessíveis...sabe, fica essa impressão quando vc cria grande admiração.

Corri para me inscrever a tempo...para vê-las...
Na minha cabeça a palestra ia ser algo bem formal... com bastante pessoas... palco e nós distantes delas...
Mas ao chegar ao local, surpresa. Haviam apenas seis pessoas incluindo a mim e meu amigo que convidei. E elas estavam ali, despojadas, esperando dar o horário para começar.

Foi um choque...pois, sentir aquilo tão próximo. Parece loucura o que eu estou falando... a  admiração proporciona esse distanciamento da realidade.
Eis que a palestra começa... e é tudo tão informal... é tudo tão perto.

A interação era tête-à-tête, aquilo para mim era um misto de tensão e satisfação. Pude tirar minhas dúvidas em relação a tudo, quando surgia a oportunidade de perguntar. Dentro do contexto da palestra, quando era oportuno eu podia tirar as dúvidas e curiosidades que tinha acumulado nesse tempo em que consumia todo o conteúdo do grupo há três semanas.

Na minha cabeça, um dia surgiria a oportunidade de vê-las tocando ao vivo e só. Mas na primeira oportunidade, já deu para ter essa interação. Caramba!

Palestra e som brilhantes. No final fotos, com algumas conversas paralelas que não vou detalhar, mas nada demais.
Sabe, a sensação que fica é... encontro entre ídolos e fã... mas como sou uma pessoa contida, não externei minha admiração tanto o quanto borbulhava dentro de mim.
Porque minha admiração é intensa...e todas as Impressões que tive nesse dia, não compartilhei com elas, para não parecer um maluco.

Vou relatar aqui um momento sublime.
Como iria ver a palestra no dia seguinte... fiz um aquece, vendo os vídeos do grupo... ali tem a postagem de uma delas, muito pequena, fazendo a primeira participação com seu instrumento, em meio aos grandes do gênero. É um vídeo emocionante....
Por ver que tudo começou ali, de forma simples... e desabrochou num talento sem freio.
No vídeo ela bem pequena, toca as notas de um tema e o grupo acompanha. Esse grupo era composto pelos grandes da época. Então ela toca esse teminha, recebe os aplausos e etc.

Então, ao explicar sobre o gênero... sua irmã diz que a primeira música reconhecida no Brasil, o que abre a porta para o surgimento do gênero é a música tal.... Ela pede pra irmã dela tocar o tema...sem improvisar.
E o tema é o mesmo do vídeo.... Minha cabeça quase explodiu...Quanta sincronicidade...

Enfim...fica aqui mais um relato dos pequenos milagres da vida.
Não relatei nada disso a elas... quem sabe em uma outra oportunidade, se surgir...

Vai parecer menos stalker... rs













quarta-feira, 19 de outubro de 2016

A Esperança

De ontem para hj de manhã, tive uma outra crise depressiva. Ou melhor, recaída depressiva.
Mas tão logo hjme  levantei, não quis mais ficar nesse estado. Vejo uma evolução no meu processo.
Antes isso durava meses e era constante.

Muitas reflexões e insights passaram na minha cabeça. Preciso de fato entender que as recaídas acontecem e que isso é um processo de autoconhecimento. Ao mesmo tempo, surge em mim uma vontade de fazer minha pequena revolução interna.

Na postagem anterior eu falei sobre a minha admiração pela música e acredito hj, na possibilidade da arte nos deixar mais humanos. Depois vi um vídeo das meninas que eu citei, fazendo um trabalho de educação musical infantil. Vi o interesse delas em apresentar a música para crianças. Então, me emocionei mais ainda. Elas se preocupam com essa geração abandonada.

Do pouco que sei da história desse grupo. O pai delas que incentivou a boa música, sentiu a importância de dar esse nascimento cultural pra uma delas. Que logo empreendeu estudos musicais e isso contagiou a família inteira, as duas irmãs menores foram na onda e hj, elas fazem turnê para o mundo, com música instrumental.

Sabe, acho tão raro isso... de vc ter a oportunidade de ser apresentado a cultura de qualidade. Mas não no sentido de se sentir um privilegiado pedante... mas da minha crença de que algo de qualidade realmente pode te deixar mais humano, mais rico.
Elas tiveram isso tão orgânico e natural, acredito... e talvez, sabendo da importância disso, passam adiante. Isso é inspirador e louvável.

Posso estar projetando demais, estar vislumbrado demais... mas vou usar isso como inspiração.

...

Lembro-me de quando era adolescente com muitas questões existenciais. Vivendo em casa num ambiente sombrio e violento. Meu primeiro refúgio foi buscar a arte como válvula de escape e compreensão. Essa jornada foi bem solitária e sofrida.
Minha tentativa de aprender música foi clara. Era um único momento de afetividade que eu tinha com um outro ser humano, o professor. E como as aulas eram particulares, esse era meu único momento em que eu podia falar sobre arte com alguém,.. não era a música em si.
Por isso que a música sempre me marca.

Já passei por terapeutas e só posso dizer. Aprendi muito mais sobre mim nas aulas de música. Como não tinha talento, as notas se desmancharam mas ficou o contato humano. Ficou a esperança?

Não sei... porque a esperança eu perdi ao longo desse processo. Hj ela reacende com esse vídeo que eu vi.
Queria muito escrever essa história... como um pequeno ato pode de fato transformar.... mas achei melhor não... ficaria um comentário piegas para elas... então fica aqui essa postagem anônima.




terça-feira, 18 de outubro de 2016

Frustração ou não

Estou na vibe de ouvir muita música, principalmente música instrumental.

Teve uma época em que eu tentei tocar um instrumento, mas não tenho talento. Definitivamente não tenho talento.
A música pra mim é que nem magia. Muitas vezes é a conexão de coração para coração.
Acabei de descobrir um grupo instrumental de 3 meninas. Elas postam vídeos de sua trajetória, turnês e etc em vídeo.
Vejo o quanto que a música se torna um quebra barreiras de comunicação. Vendo as postagens, fico um pouco ressentido de não ser música e ter essa possibilidade. Tenho que buscar o meu passaporte.

Bem, agora não sei se é inveja ou apenas um pessoal ressentimento. O que posso fazer no momento é me alegrar com a música que ouço e tanto admiro.


quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Recuperando a humanidade

Acredito que a tarefa mais difícil, talvez o único propósito que temos de cumprir na jornada da vida, é resgatar a própria humanidade.

Ao passar por um processo de depressão profunda e me sentindo totalmente incompreendido e desamparado, minha caminhada até agora foi tentar me conhecer melhor.

Então, foi uma longa busca por respostas, uma longa procura, muitas cabeçadas dadas.

Comecei a me dar conta de minha desumanidade aos 19 e hoje com 33, estou com poucas respostas, talvez começando a achar algum significado.

Meu contexto de vida foi me perder. Perdi contato com minha humanidade. Virei apenas um monte de carne viva não pensante, mas sim um robozinho ou um soldadinho. Todo meu contexto de vida me empurrou a isto.

O que vejo hj é que a maioria das pessoas são desconectadas de si mesmas. Sim, muitos perderam a humanidade. Não sei o que é ser humano, e quando digo perder a humanidade é se perder.
Perder a própria consciência, perder as sensações, perder significado, perder-se nas relações e simplesmente se jogar em compromissos, etiquetas, deveres, dinheiro, sem muito refletir, sem muito se entender, entender, processar.

Mas quando vejo isso, eu vejo que eu sou o mais perdido nisso.
Estou tentando recuperar minha humanidade.

terça-feira, 19 de julho de 2016

Mais um dia de frio

Esse inverno de SP oscilou um pouco.

Hj faz mais um dia frio, nem tão frio quanto estava há um mês atrás. Reli a postagem que eu fiz, falando sobre o inverno. Nesse intervalo, parece que se passaram anos. Me dei conta que ainda continuamos no inverno, porque faz frio.

Isso me faz pensar em quantos dias desperdicei. Ou melhor anos, ou melhor... toda a minha vida jogada fora.
Tentativas frustradas de evolução, deveres de casa, trabalhos de escola, compromissos sociais. Namoros que não existiram, amigos que se perderam, faz uma vida insubstancial.

Todas as relações superficiais, todas as conversas fúteis, todas as programações inúteis que fazem de hj o que percebo, o que sou?

Quantos dias eu desperdicei? Quantos anos? Quantas estações, invernos, outonos, verões?

É difícil olhar a vida dessa perspectiva. Há pouco tempo para descobrir o que realmente possa valer a pena, e quanto a descobrimos provavelmente estamos velhos, e quando velhos, dores incapacidade física, abandono e morte.