quarta-feira, 19 de outubro de 2016

A Esperança

De ontem para hj de manhã, tive uma outra crise depressiva. Ou melhor, recaída depressiva.
Mas tão logo hjme  levantei, não quis mais ficar nesse estado. Vejo uma evolução no meu processo.
Antes isso durava meses e era constante.

Muitas reflexões e insights passaram na minha cabeça. Preciso de fato entender que as recaídas acontecem e que isso é um processo de autoconhecimento. Ao mesmo tempo, surge em mim uma vontade de fazer minha pequena revolução interna.

Na postagem anterior eu falei sobre a minha admiração pela música e acredito hj, na possibilidade da arte nos deixar mais humanos. Depois vi um vídeo das meninas que eu citei, fazendo um trabalho de educação musical infantil. Vi o interesse delas em apresentar a música para crianças. Então, me emocionei mais ainda. Elas se preocupam com essa geração abandonada.

Do pouco que sei da história desse grupo. O pai delas que incentivou a boa música, sentiu a importância de dar esse nascimento cultural pra uma delas. Que logo empreendeu estudos musicais e isso contagiou a família inteira, as duas irmãs menores foram na onda e hj, elas fazem turnê para o mundo, com música instrumental.

Sabe, acho tão raro isso... de vc ter a oportunidade de ser apresentado a cultura de qualidade. Mas não no sentido de se sentir um privilegiado pedante... mas da minha crença de que algo de qualidade realmente pode te deixar mais humano, mais rico.
Elas tiveram isso tão orgânico e natural, acredito... e talvez, sabendo da importância disso, passam adiante. Isso é inspirador e louvável.

Posso estar projetando demais, estar vislumbrado demais... mas vou usar isso como inspiração.

...

Lembro-me de quando era adolescente com muitas questões existenciais. Vivendo em casa num ambiente sombrio e violento. Meu primeiro refúgio foi buscar a arte como válvula de escape e compreensão. Essa jornada foi bem solitária e sofrida.
Minha tentativa de aprender música foi clara. Era um único momento de afetividade que eu tinha com um outro ser humano, o professor. E como as aulas eram particulares, esse era meu único momento em que eu podia falar sobre arte com alguém,.. não era a música em si.
Por isso que a música sempre me marca.

Já passei por terapeutas e só posso dizer. Aprendi muito mais sobre mim nas aulas de música. Como não tinha talento, as notas se desmancharam mas ficou o contato humano. Ficou a esperança?

Não sei... porque a esperança eu perdi ao longo desse processo. Hj ela reacende com esse vídeo que eu vi.
Queria muito escrever essa história... como um pequeno ato pode de fato transformar.... mas achei melhor não... ficaria um comentário piegas para elas... então fica aqui essa postagem anônima.




terça-feira, 18 de outubro de 2016

Frustração ou não

Estou na vibe de ouvir muita música, principalmente música instrumental.

Teve uma época em que eu tentei tocar um instrumento, mas não tenho talento. Definitivamente não tenho talento.
A música pra mim é que nem magia. Muitas vezes é a conexão de coração para coração.
Acabei de descobrir um grupo instrumental de 3 meninas. Elas postam vídeos de sua trajetória, turnês e etc em vídeo.
Vejo o quanto que a música se torna um quebra barreiras de comunicação. Vendo as postagens, fico um pouco ressentido de não ser música e ter essa possibilidade. Tenho que buscar o meu passaporte.

Bem, agora não sei se é inveja ou apenas um pessoal ressentimento. O que posso fazer no momento é me alegrar com a música que ouço e tanto admiro.